Maha Mamo: A luta de uma apátrida pelo direito de existir
Atualizado: 31 de jan.
O livro narra a história de Maha Mamo, que viveu por trinta anos como apátrida, ou seja, sem nacionalidade, por consequência, tem uma vida sem os direitos básicos de qualquer outro cidadão.

A obra segue toda a jornada de Maha para conquistar uma nacionalidade, desde quando saiu de Beirute, no Líbano, em busca do direito de existir ao ter uma cidadania — a brasileira. Hoje, cidadã brasileira, porta-voz da luta contra a apatridia da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e líder ao influenciar políticas públicas de migração pelo mundo, inclusive no Brasil.
Maha, é filha de sírios, nasceu em Beirute, mas não pôde ser registrada como libanesa porque o país, concede a nacionalidade pelo sangue (ius sanguinis) e não pelo território (ius solis).
Também não pode assumir a origem dos pais, sírios. Seu pai, é cristão, e a sua a mãe, é muçulmana, e as leis da Síria não permitem o casamento inter-religioso. Resultando essa combinação jurídico-religiosa foi a apatridia, ou seja Maha e seus irmãos não “pertenciam” a lugar algum. Ficaram sem registro, sem documentos e sem direitos.
Como Maha reforça:
“Se, durante uma ou duas horas, eu conseguir fazer você se sentir nas sombras, imaginar-se sem documentos, sem acesso às questões primárias de cidadania, tendo de viver de favores, alguma esperteza e muita solidariedade para seguir em frente, então minha missão estará cumprida.”