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Abolição da Escravatura

Dia 13 de Maio de 1888, Princesa Isabel assinou a Lei Áurea que tinha como intenção acabar com a escravidão, sendo o Brasil o último Estado no mundo a tomar tal decisão de forma oficial. Contudo, em termos práticos, este problema assola o país os dias de hoje.


O legado de mais de 300 anos de exploração por meio deste sistema inumano, é que atualmente de 5 trabalhadores resgatados em situação análoga à escravidão, 4 são negros. Estes números só reforçam a invisibilidade desta grande parcela da população que não se vê representada nos mais diversos setores deu uma sociedade onde são mais da metade dela.


É importante pensar que o caso do Brasil não é isolado; e que o trabalho escravo se insere uma cadeia de produção global demonstrando assim que é um sintoma de um modelo de desenvolvimento repleto de problemas.


Não é necessário ir muito longe no tempo e no espaço para percebermos o quanto este problema ainda se faz presente de forma alarmante. Este ano, já existem registros em 18 unidades da federação e no Distrito Federal.


Para podermos começar a pensar em mudanças, também precisamos ressaltar a centralidade do papel do Estado, num efetivo combate ao trabalho escravo. A sua presença é fundamental para erradicar tal prática desumana, considerada uma grave violação dos Direitos Humanos, já que priva o ser humano do exercício da sua liberdade.


Em muitos casos, o Brasil serve de exemplo tanto para o bom como para o ruim. Todavia, é preciso pensar na estrutura social que possibilita tal prática. Precisamos compreender o papel da sociedade civil, pois se não fosse a atuação de movimentos sociais, poderíamos estar muito piores.


Um ponto fundamental para avançarmos como sociedade, enfrentando o problema do trabalho escravo no Brasil é falando sobre dele e da sua continua existência. Além disso, também precisamos pensar em formas de garantir uma vida digna a população que sofre com este problema (em sua grandíssima maioria negra) e como a falta de oportunidades, de acesso à educação e a saúde, direitos garantidos pela Constituição, levam pessoas a aceitar este tipo de trabalho para poder trazer o sustento para casa.


Não podemos continuar pensando que esta situação é algo externo a nossa realidade. Ela faz parte da mesma há séculos e é preciso um trabalho conjunto de todas os segmentos e estratos da sociedade para acabar com esta prática execrável.


REFERÊNCIAS





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