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A importância do debate sobre o desarmamento

A Guerra na Ucrânia nos faz pensar no tema sob outra perspectiva mas não podemos esquecer que existem inúmeros conflitos momento e eles envolvem temas mais profundos e diversos que só o nuclear. Em 2017, a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares foi laureada com o Prêmio Nobel da Paz pelo seu trabalho, mostrando a importância e foco por esse aspecto. Em 2013, foi a Organização para a Proibição de Armas Químicas que recebeu o mesmo prêmio. Quando vemos o engajamento da comunidade internacional, percebemos que o incentivo ao desarmamento é um tema pujante e que tem um escopo amplo.


Ativistas da Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN, sigla em inglês) protestam contra uma base norte-americana em Alice Spring, Austrália, em setembro de 2016 (Crédito: Arquivo/Tim Wright/EFE )

Todavia, precisamos analisar esta questão de forma mais abrangente, já que quando só trabalhamos o desarmamento como um assunto restrito ao âmbito nuclear, deixamos de perceber o quanto ele é muito mais extenso e que este recorte tem uma relação direta com uma perspectiva originária da Guerra Fria e que lida com temática mais pertinentes aos países do Hemisfério Norte. A única exceção vem a ser a África do Sul, que conseguiu os armamentos durante o regime do Apartheid.


O tema desarmamento é primordial para a paz mundial. Este é um longo processo que ainda teremos que caminhar muito para alcançar; mas não o conseguiremos sem antes focar nas raízes dos conflitos, no tráfico de armas e nos malefícios oriundos deles. O medo de que Moscou utilize seus arsenais nucleares contra Kyiv é pertinente, só que enquanto esperamos para ver se isso vai acontecer, muitas pessoas são mortas mundo afora em guerras civis e conflitos étnicos com armamentos muito mais acessíveis que uma bomba atômica.


A discussão sobre o desarmamento precisa ser multidimensional para que ela não só seja mais inclusiva, mas também possibilite que ela seja feita de forma mais profunda e efetiva. Esta semana, que vem a ser celebrada desde 1978, é vital para podermos pensarmos caminhos de paz e prosperidade. O fundamental é percebermos que tanto bombas atômicas, como Kalashnikovs têm os seus efeitos e que precisamos ter ferramentas distintas para lidar com estes problemas díspares que são englobados por esta temática tão central nas relações internacionais como o desarmamento.

 

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